Nos nossos textos sobre enogastronomia você verá escrito muito frequentemente algumas siglas que acompanham os nomes dos produtos. Na Itália elas possuem uma grande importância pois são certificados de qualidade e origem do produto.
São elas: DOP, DOC, DOCG, IGT e IGP.
Neste post iremos esclarecer o significado de cada uma delas e explicar a sua importância.
DOP – Denominazione di Origine Protetta
É uma marca de tutela de produtos agroalimentares que possuem determinadas características de qualidade que dependem exclusivamente do território onde são produzidos. É um dos selos mais restritivos, pois garante o processo produtivo em vários níveis: origem da matéria prima, localização e tradição do processo produtivo. Todo o processo – da produção da matéria prima, à transformação do produto final – devem ser feitas na região limitada de onde o produto recebe o nome.
Exemplos de DOP Toscanos: Chianti Classico, Mel de Lunigiana, Farinha de Neccio della Garfagnana, Lucca (olio d’oliva), Pecorino Romano, prosciuto toscano, Terre di Siena (olio d’oliva), Zafferano di San Gimignano, Pecorino Toscano, Salamini Italiani alla cacciatora.
DOC – Denominazione di Origine Controllata
É uma marca exclusiva para vinhos de origem italiana. Certifica as uvas produzidas em uma determinada zona geográfica para a produção do vinho que levará a marca DOC. A cada 3 anos as seguintes características são avaliadas: zona geográfica de produção, a videira, tipo de terra, tecnologia de produção e envelhecimento, característica do produto final.
Exemplo de Vinhos DOC Toscanos: Bianco dell’Empolese (Empoli), Bianco della Valdinievole (Pistoia), Bolgheri ou Bolgheri Sassicaia (Livorno), Colline Lucchesi (Lucca), Cortona (Arezzo), Elba (Livorno), Morellino di Scansano (Grosseto), Moscadello di Montalcino (Siena), Pomino (Firenze), Rosso di Montalcino e Rosso di Montepulciano (Siena), Vin Santo del Chianti (Arezzo, Firenze, Pisa, Pistoia, Prato, Siena), Sin Santo del Chianti Classico (Firenze e Siena).
DOCG – Denominazione di Origine Controllata e Garantita
É também um certificado exclusivo para vinhos, sendo o mais alto deles. Além de todos os exames do vinho DOC, eles passam por uma segunda analise mais detalhada durante o engarrafamento, além da analise sensorial feita por uma respeitada comissão. São vinhos que já tinham o selo DOC por ao menos 5 anos e que já atingiram fama nacional e internacional.
Exemplos de Vinhos DOCG Toscanos: Brunello di Montalcino (Siena), Chianti (Arezzo, Firenze, Pisa, Pistoia, Siena e Prato), Chianti Classico (Firenze e Siena), Morellino di Scansano (Grosseto), Vino Nobile di Montepulciano (Siena), Rufina (Firenze).
IGT – Indicazione Geografica Tipica
É o mais brando das certificações de vinho, pois certifica os vinho “da tavola” que provém de áreas de produção muito amplas. Os requisitos de avaliação são muito menos restritivos que dos demais certificados. O IGT não pode utilizar o nome de regiões ou zonas onde se produz o DOC e o DOCG. Acompanhado do IGT, pode-se indicar a cor do vinho (rosso ou bianco), o tipo de uva ou nome da região, se esta for muito ampla.
Exemplos de IGT Toscanos: Alta Valle della Greve (Firenze), Colli della Toscana Centrale, Maremma Toscana (Grosseto), Toscano o Toscana (Regiao Toscana), Val di Magra (Massa Carrara)
IGP – Indicazione Geografica Protetta
Uma marca de origem de produtos agroalimentares no qual determinada qualidade ou caracteristica depende de sua origem geográfica. Sua produção, transformação e/ou elaboração devem ser feitas em uma determinada área geográfica. Muito parecido com a certificação DOP, no entanto com parâmetros de analise mais flexíveis.
Exemplos de IGP Toscanos: Castanha do Monte Amiata, Feijao de Sorana, Farro da Garfagnana, Lardo de Colonnata, Marrone del Magello, Toscano (olio d’oliva)